Sim, a vida é cheia de recomeços! E é só quando caímos que entendemos a necessidade e importância de tomar novo fôlego e levantarmos novamente, não é? E minha vida andou assim nos últimos anos, cheia de términos e recomeços, alguns altos e baixos, muitas mudanças, porém muitos aprendizados. Com meu trabalho e com este blog também não foi diferente.
Durante o tempo que estive no Japão eu não podia trabalhar. Legalmente, meu visto não permitia que eu tivesse qualquer tipo de atividade remunerada por lá. Tentar manter minha loja virtual e continuar enviando meu trabalho para venda no Brasil era possível, na teoria. Mas devido aos altos custos de frete e seguro internacionais, a demora na chegada das remessas e a taxação alfandegária, essa opção não era financeiramente viável. As peças ficariam muito caras para o público em geral, chegando a custar até o dobro do valor normal. Além disso, infelizmente eu não tinha um espaço adequado para trabalhar, então tive que adiar meus planos e sonhos de carreira até o retorno ao Brasil.
Por outro lado, em 2015 tive a chance de conhecer o Sensei Ichiyoh Haga e fiz aulas de miniatura com ele por um breve período. Também frequentei algumas feiras e exposições de artes e miniaturas. E foram excelentes dias e aprendizados que ajudaram a manter acessa a minha paixão. As aulas e os eventos envolvendo miniaturas eram como um bálsamo em meios aos dias cinzentos e uma chance de interagir com os japoneses. Aliás, a interação social não foi uma questão fácil de lidar no Japão. Como eu não falo inglês ou japonês, a comunicação era extremamente difícil e eu passava a maior parte do tempo isolada. Os amigos brasileiros eram poucos e os encontros eram raros, então tive que aprender a me adaptar à solidão. Talvez exatamente por isso eu valorizasse tanto esses instantes. E as minhas melhores lembranças do Japão são justamente dos momentos com amigos e das aulas e eventos de artes e miniaturas.
Morei em Tokyo de setembro de 2013 a abril de 2016. E sim, já faz bastante tempo que retornei. Mas também não têm sido fácil a readaptação aqui. Passei por algumas mudanças de moradia e dificuldades diversas, tive um período de depressão violento que me impediu de levantar da cama por muito tempo - e me recuso a tratar isso como tabu. Foi difícil retomar o ânimo até para as atividades mais simples, mas sigo me esforçando para continuar bem.
Há alguns meses adquiri local para meu novo ateliê, a organização e ritmo laboral estão fluindo aos poucos. Ainda há muita bagunça, e faltam muitas coisas para tornar o espaço realmente aconchegante, inspirador e adequado para trabalhar. Mas espero que o ateliê seja fonte de muita paixão, alegria e produções, e estou imensamente feliz pelas novas perspectivas que se abrem! Depois desse longo hiatus, minhas primeiras miniaturas já começaram a aparecer no feed do Instagram e era hora de voltar a escrever aqui também. Dar meu sinal de vida e dizer que estou ressurgindo.
Agora é hora de botar a mão na massa, que ainda há muito trabalho pela frente até fazer os sonhos florirem. Afinal, um sonho é um sonho. E não importa o quanto demore, a sementinha dos sonhos sempre está pronta para voltar a brotar e crescer, não é?
Então, vamos florir nossos sonhos?
Durante o tempo que estive no Japão eu não podia trabalhar. Legalmente, meu visto não permitia que eu tivesse qualquer tipo de atividade remunerada por lá. Tentar manter minha loja virtual e continuar enviando meu trabalho para venda no Brasil era possível, na teoria. Mas devido aos altos custos de frete e seguro internacionais, a demora na chegada das remessas e a taxação alfandegária, essa opção não era financeiramente viável. As peças ficariam muito caras para o público em geral, chegando a custar até o dobro do valor normal. Além disso, infelizmente eu não tinha um espaço adequado para trabalhar, então tive que adiar meus planos e sonhos de carreira até o retorno ao Brasil.
Por outro lado, em 2015 tive a chance de conhecer o Sensei Ichiyoh Haga e fiz aulas de miniatura com ele por um breve período. Também frequentei algumas feiras e exposições de artes e miniaturas. E foram excelentes dias e aprendizados que ajudaram a manter acessa a minha paixão. As aulas e os eventos envolvendo miniaturas eram como um bálsamo em meios aos dias cinzentos e uma chance de interagir com os japoneses. Aliás, a interação social não foi uma questão fácil de lidar no Japão. Como eu não falo inglês ou japonês, a comunicação era extremamente difícil e eu passava a maior parte do tempo isolada. Os amigos brasileiros eram poucos e os encontros eram raros, então tive que aprender a me adaptar à solidão. Talvez exatamente por isso eu valorizasse tanto esses instantes. E as minhas melhores lembranças do Japão são justamente dos momentos com amigos e das aulas e eventos de artes e miniaturas.
Morei em Tokyo de setembro de 2013 a abril de 2016. E sim, já faz bastante tempo que retornei. Mas também não têm sido fácil a readaptação aqui. Passei por algumas mudanças de moradia e dificuldades diversas, tive um período de depressão violento que me impediu de levantar da cama por muito tempo - e me recuso a tratar isso como tabu. Foi difícil retomar o ânimo até para as atividades mais simples, mas sigo me esforçando para continuar bem.
Há alguns meses adquiri local para meu novo ateliê, a organização e ritmo laboral estão fluindo aos poucos. Ainda há muita bagunça, e faltam muitas coisas para tornar o espaço realmente aconchegante, inspirador e adequado para trabalhar. Mas espero que o ateliê seja fonte de muita paixão, alegria e produções, e estou imensamente feliz pelas novas perspectivas que se abrem! Depois desse longo hiatus, minhas primeiras miniaturas já começaram a aparecer no feed do Instagram e era hora de voltar a escrever aqui também. Dar meu sinal de vida e dizer que estou ressurgindo.
Agora é hora de botar a mão na massa, que ainda há muito trabalho pela frente até fazer os sonhos florirem. Afinal, um sonho é um sonho. E não importa o quanto demore, a sementinha dos sonhos sempre está pronta para voltar a brotar e crescer, não é?
Então, vamos florir nossos sonhos?
Beijos!
Sarah Wero